Trabalhadores dos principais portos dos Estados Unidos iniciam greve

Os trabalhadores de 14 grandes portos dos Estados Unidos iniciaram uma greve nesta terça-feira (1º), após fracasso das negociações sobre reajuste salarial entre seu sindicato e a Aliança Marítima.

A greve no porto da Virginia, uma das instalações afetadas, "começou às 0h01 (horário local) de terça-feira", anunciou o porto em seu site.

As negociações entre a USMX (Aliança Marítima dos Estados Unidos), que representa os empregadores, e o sindicato ILA, dos trabalhadores, estão paralisadas.

O sindicato está "disposto a lutar pelo tempo que for necessário [...] para obter os salários e as proteções contra a automação que nossos membros da ILA merecem", disse Harold Daggett, presidente do sindicato dos portuários, em comunicado.

Na segunda-feira à noite, as duas partes anunciaram a retomada das negociações, que começaram em maio e estagnaram na questão dos salários e da automação do trabalho.

"Nas últimas 24 horas, a USMX e o ILA trocaram propostas sobre salários", afirmou a Aliança Marítima em um comunicado, no qual assegura que "melhorou" sua oferta e solicita uma prorrogação do atual acordo trabalhista para seguir com as negociações.

Segundo uma fonte próxima às negociações, a proposta mencionada pela USMX foi rejeitada pelo sindicato na segunda-feira.

A ILA planejava entrar em greve ao fim do atual acordo de seis anos, às 23h59 de segunda-feira (0h59 de terça-feira, horário de Brasília) nos portos da costa leste dos EUA e no Golfo do México.

A USMX representa os empregadores de 36 portos distribuídos entre as costas do Maine, no Nordeste, e as do Texas, no Sul, passando pela Flórida, no Sudeste do país.

O ILA representa 85 mil trabalhadores nos Estados Unidos, incluindo funcionários de portos marítimos, rios e lagos.