A decisão da Toyota de investir em motores a combustão, em parceria com Subaru e Mazda, reflete a crença de que o futuro da mobilidade não será exclusivamente elétrico. Embora tenha sido rápida no segmento híbrido com o Prius, primeiro veículo híbrido produzido em massa e lançado em 1997, a empresa quer oferecer uma gama diversificada de soluções de propulsão, incluindo motores a combustão, híbridos e veículos movidos a hidrogênio.
Enquanto a Toyota está investindo em novos propulsores de quatro cilindros, a Mazda optou por voltar aos motores do tipo rotativo (Wankel) à combustão que podem funcionar com combustíveis renováveis, enquanto a Subaru está focada em híbridos e veículos movidos a hidrogênio, em formato boxer, com cilindros contrapostos na horizontal.
O novo motor da Toyota é projetado para ser o mais potente do mundo na sua categoria, superando o atual recordista, o 2.0 turbo da Mercedes que equipa o A45 AMG, que gera 416 cv de potência. Mas a unidade da marca japonesa tem potencial para mais. Este propulsor não só promete alta performance, mas também eficiência, podendo funcionar com combustíveis neutros em carbono, como hidrogênio e biocombustíveis.
A Toyota está trabalhando paralelamente em dois motores diferentes: 1.5 turbo, 2.0 turbo, com propulsores até 20% menores do que os atuais, para reduzir também o peso dos componentes. O 2.0 litros deve estar disponível em versão de entrada e deve vir com 300 cv e 40,7 kgfm de torque.
Outra variante mais potente pode esbarrar em uma variante com 400 cv de potência e 56 kgfm de torque. E para uma versão superesportiva, de competição, a Toyota deve extrair até 600 cv de potência do motor de especificação superior sem eletrificação envolvida.
A Toyota tem sido defensora da continuidade dos motores a combustão, argumentando que a infraestrutura global ainda não está pronta para uma transição completa para veículos elétricos. De acordo com dados da marca, aproximadamente 70% dos veículos com motor a combustão continuarão em uso até 2030. Além disso, a empresa destaca que muitas regiões do mundo ainda não têm acesso confiável à eletricidade, tornando os modelos a combustão uma opção viável e necessária.