O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou nesta sexta-feira (20) processos e provas da Lava Jato relacionados a Raul Schmidt Felippe Júnior, empresário apontado pela força-tarefa do Ministério Público Federal como pagador de propina a funcionários da Petrobras.
Toffoli fez menção a "constantes ajustes e combinações" entre juízes e procuradores da República que atuaram na operação. Ele citou na decisão o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro e sua sucessora na 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt.
De acordo com o ministro, houve "verdadeiro conluio a inviabilizar o exercício do contraditório e da ampla defesa pelo requerente".
Felippe Junior alegou que a Lava Jato obteve elementos de prova à margem dos canais oficiais de cooperação internacional e sem prévia autorização judicial. E pediu a extensão de decisões que já favoreceram, entre outros, o presidente Lula (PT) e o empresário Marcelo Odebrecht.