A Ternium espera que um tribunal brasileiro decida a seu favor em um recurso contra a CSN em relação à compra em 2011 de uma participação na Usiminas. A afirmação foi feita pelo presidente-executivo da Ternium na segunda-feira (30).
A disputa decorre da compra pela Ternium do que era equivalente a uma participação de 27,7% nas ações da Usiminas. A CSN, que detinha 12,9% das ações da empresa na época, entrou com uma ação judicial alegando que a Ternium deveria ter lançado uma oferta pública de aquisição de ações envolvendo os acionistas minoritários, já que eles tinham direitos de tag-along.
Em junho, um tribunal superior determinou que a Ternium pagasse R$ 5 bilhões à CSN, com a perdedora no caso dizendo que vai recorrer da decisão.
"Confio que o sistema judiciário brasileiro reconhecerá que, nesse caso, há uma jurisprudência que remonta a muitos e muitos anos", disse o presidente-executivo da Ternium, Maximo Vedoya, à Reuters durante evento organizado pela Apex (agência brasileira de exportações e investimentos).
"Estou realmente esperançoso de que isso será resolvido", afirmou Vedoya.
O executivo disse ao jornal Valor em agosto que se a Ternium perder o recurso, a empresa poderá repensar seus investimentos no Brasil. Mas ele pareceu mais otimista com relação ao país na segunda-feira, destacando as oportunidades de crescimento com o México.
A Ternium é "enorme para o comércio entre México e Brasil", disse Vedoya. "Somos um veículo para o Brasil se integrar à América do Norte."
Posteriormente, o executivo disse a jornalistas que México e Brasil poderão atualizar acordos comerciais para impulsionar a indústria.
A Ternium, que atualmente está expandindo usina no norte do México, também considera que o setor poderá se beneficiar com a revisão do acordo comercial entre EUA, México e Canadá, prevista para 2026.
E com a posse de Claudia Sheinbaum como presidente do México na terça-feira, a Ternium está "realmente otimista" com os planos de industrialização do novo governo, disse Vedoya.
Folha Mercado
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