Pesquisadores japoneses usaram um sistema de edição genética para eliminar o terceiro cromossomo em células de trissomia 21, responsável pela síndrome de Down.
O relato, publicado na última terça-feira (18) na revista científica PNAS Nexus, mostra que a técnica feita em células cultivadas em tubos de ensaio pode identificar qual cromossomo foi duplicado, de modo que não acabe eliminando o errado e deixando a célula com dois cromossomos idênticos. Em vez disso, ela deixa um de cada pai.
A síndrome de Down, ou trissomia 21, é causada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21. Indivíduos afetados herdaram duas cópias do cromossomo 21 de um dos pais e uma cópia do outro, em vez de uma de cada.
A condição pode ser detectada poucos dias após um óvulo fertilizado ter se multiplicado em pequenos aglomerados de células. Neste estágio, chamado de blastocisto, a edição genética para outras doenças é possível, mas não existem, até agora, tratamentos para a trissomia 21.
Embora promissora em experimentos de tubo de ensaio, a abordagem ainda não está pronta para testes em animais, em parte porque também pode deixar alterações nos cromossomos retidos, disseram os pesquisadores.
Eles esperam, no entanto, que sua abordagem "estabeleça as bases para intervenções médicas mais sofisticadas visando a trissomia 21."