'Tarifaço' derruba petroleiras e montadoras; frigoríficos nacionais avançam

há 6 dias 5

Segmento é sensível às incertezas da guerra comercial. O cenário é resultado do temor por um quadro de estagflação mundial. "Essa situação tem o potencial de afetar a demanda por petróleo, uma vez que o aumento das tarifas pode desacelerar o crescimento global e elevar a inflação", explica Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

Com o menor crescimento global, haverá menor demanda por matérias-primas, afetando toda a cadeia produtiva.
Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV

Aumento da produção do petróleo contribui para as quedas. A Opep+, organização que inclui os países produtores de petróleo, elevou a produção e derrubou o preço do combustível, de 135 mil para 411 mil barris por dia. Tal decisão agravou ainda mais as perdas das empresas do setor.

Automotivas

Montadoras de veículos dos EUA e da Europa perdem valor. Na Zona do Euro, caíram as ações da Stellantis (-12,8%), do Grupo Mercedes Benz (-1,8%), da BMW (-2,4%), da Volkswagen (-2,41%) e da Ferrari (-4,4%). Já entre as norte-americanas, as perdas atingem a Ford (-2,6%) e a General Motors (-1,24%).

Setor foi amplamente atingido pelas tarifas de Donald Trump. A decisão estabeleceu tarifas de 25% sobre as importações de automóveis. As alíquotas permanecem vigentes mesmo após a suspensão temporária das cobranças adicionais. Chinchila alerta para o possível deslocamento de investimentos e elevação dos custos para as montadoras da Europa, China e Japão. "No curto prazo, a recuperação parece incerta, forçando montadoras a reconsiderarem suas estratégias de produção e investimentos", destaca.

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