Aliado de primeira ordem de Jair Bolsonaro (PL) e um dos pretendentes a substituir o ex-presidente nas eleições de 2026, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) avaliou que a direita sai fortalecida da manifestação bolsonarista deste domingo, 6, que reuniu cerca de 44,9 mil apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo.
“Mostra força, e que há uma convergência na volta. E eu acho que se engana também quem pensa que a direita está fragmentada, está desunida, que os interesses individuais vão prevalecer. Não vão. Eu acho que todo mundo está imbuído no mesmo propósito, do mesmo ideal de transformação e acho que a direita vai caminhar (para isso)”, disse no final do evento.
Questionado se há uma projeção para que a direita se una em 2026 nas eleições presidenciais, o governador disse que sim, mas não entrou em detalhes.
Atualmente, com o ex-presidente inelegível até 2030 e réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado em 2022, não há consenso público sobre quem seria o herdeiro do capital político, uma vez que Bolsonaro insiste em se dizer pré-candidato como forma de se manter no jogo. Tarcísio, entretanto, é apontado nas pesquisas de intenção de voto como o nome da direita de maior sucesso.
Durante seu discurso, Tarcísio disse que se o ovo, a carne e outros alimentos estão caros é porque “Bolsonaro precisa voltar”. Citou ainda outros episódios da história do País em que houve concessão de anistia e que o instituto pode ser recuperado agora. “Eu quero prisão sim é para assaltante, para quem rouba celular, para quem invade terra e para corrupto”, disse.
Em ritmo semelhante ao de campanha, o governador aproveitou o final da manifestação para se reunir com apoiadores, que puderam sair das grades de contenção com a permissão dos seguranças para abraçar e tirar fotos com Tarcísio. Uma das últimas autoridades a deixar o evento, o governador ainda se apoiou para fora da janela do carro e acenou para os bolsonaristas.