Em seu pedido à Suprema Corte, a TikTok e a ByteDance afirmaram que "se os americanos, devidamente informados sobre os supostos riscos de manipulação 'secreta' de conteúdo, optarem por continuar a ver conteúdo no TikTok com os olhos bem abertos, a Primeira Emenda lhes confia essa escolha, livre da censura do governo".
A proibição do TikTok nos EUA tornaria a empresa muito menos valiosa para a ByteDance e seus investidores, e prejudicaria as empresas que dependem do TikTok para impulsionar suas vendas.
Trump, que tentou, sem sucesso, banir o TikTok durante seu primeiro mandato em 2020, reverteu sua posição e prometeu, durante a corrida presidencial deste ano, que tentaria salvar o TikTok. Trump disse em 16 de dezembro que ele tem "um lugar quente no meu coração para o TikTok" e que ele iria "dar uma olhada" no assunto.
Trump assume o cargo em 20 de janeiro, um dia após o prazo final do TikTok de acordo com a lei.
Em sua decisão, o tribunal de Washington escreveu: "A Primeira Emenda existe para proteger a liberdade de expressão nos Estados Unidos. Aqui, o governo agiu exclusivamente para proteger essa liberdade de uma nação adversária estrangeira e para limitar a capacidade desse adversário de coletar dados sobre as pessoas nos Estados Unidos".
O TikTok nega que tenha compartilhado e diz que jamais compartilharia dados de usuários dos EUA, acusando os parlamentares norte-americanos na ação judicial de apresentar preocupações especulativas, e caracterizou a proibição como um "afastamento radical da tradição deste país de defender uma internet aberta".