E, vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado. E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol, e o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rolando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se. E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro Mateus 27:57-61
Durante a Idade Média, a expansão da fé cristã pela Europa e as Cruzadas deram origem por uma busca por relíquias da Terra Santa. É deste período a primeira documentação sobre a existência do Sudário de Turim, que clama para si o título de verdadeira mortalha de Jesus Cristo.
Alguns historiadores como Robert de Clari apontam a existência de relatos de que imperadores bizantinos tinham em sua posse o Santo Sudário, mas que ele desapareceu durante o saque de Constantinopla em 1204. Não foi determinado, até hoje, se este era de fato a relíquia polêmica que está há séculos na Catedral de Turim, na Itália — e desperta a curiosidade de cientistas.
A primeira documentação existente do Sudário de Turim, de acordo com pesquisa do arqueólogo americano William Meacham, é de 1357, quando ele teria surgido no vilarejo de Lirey, na França. Ele teria pertencido a um cavaleiro, Geoffroi de Charny, que morreu na Batalha de Poitiers da Guerra de Cem Anos um ano antes.
Ainda no século 14, ele causou descrença e polêmica dentro da própria Igreja Católica, com o Bispo de Troyes decretando em carta ao Antipapa Clemente 7º que se tratava de uma falsificação. Foi a Casa Real de Savoia que levou a relíquia para a Itália, mais especificamente, em Turim, onde está desde 1578.