O que acontece com o que transpassa essa fronteira é uma incógnita para os cientistas, porque não há como calcular. A partir dele, nem mesmo a luz escapa da força gravitacional e qualquer tentativa de aplicar leis da física acaba não tendo resultados plausíveis.
Os cientistas consideram que existem dois tipos de buraco negro: os estelares e os supermassivos.
O estelar é produto final da morte de uma estrela massiva, com pelo menos 15 vezes mais massa do que o Sol. Essas estrelas vivem menos que o Sol e, quando explodem, são chamadas de supernova. No final da explosão, o que sobra pode virar um buraco negro ou um pulsar, que é uma estrela de nêutrons rodando rapidamente. As mais massivas viram buracos negros.
Já os buracos negros supermassivos no interior das galáxias são bem diferentes dos estelares. Não sabemos ao certo como eles nascem nem quanto tempo demora para ativá-los, mas sabemos que eles emitem raios-x e isto significa que eles estão ativamente ingerindo matéria.
Bardeen, Carter e Hawking estudaram os buracos negros em 1973 e apresentaram quatro leis sobre o fenômeno. Por meio delas, chegou-se a conclusão que não seria possível criar um buraco negro extremo — em poucas palavras, seria um tipo de buraco negro que tem a menor massa possível, mas compatível com a carga elétrica e a rotação.
Segundo o The New York Times, esses buracos negros têm propriedades diferentes. Uma delas é que a chamada gravidade superficial no limite, ou horizonte de eventos, desse tipo de buraco negro é zero. "É um buraco negro em que a superfície não atrai mais as coisas", disse Gundlach. Ainda assim, se uma partícula fosse empurrada em direção ao centro do buraco negro, ela não teria capacidade de escapar.