A Stellantis anunciou uma parceria estratégica com a Zeta Energy para desenvolver baterias de lítio-enxofre (Li-S). Essa nova tecnologia promete reduzir pela metade o custo das baterias atuais de lítio-íon, além de oferecer maior autonomia, peso reduzido e recargas mais rápidas.
As baterias de lítio-enxofre apresentam vantagens significativas. Com potencial para fornecer 50% mais autonomia e carregar 50% mais rápido que as baterias convencionais, elas poderiam transformar a experiência dos veículos elétricos (EVs). Além disso, são mais baratas de produzir e não utilizam materiais como cobalto, níquel, manganês ou grafite, geralmente importados de fora dos Estados Unidos e Europa.
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Em vez disso, essas baterias utilizam enxofre não refinado e metano, ambos materiais de baixo custo e disponíveis localmente. Isso possibilita a fabricação em instalações já existentes, simplificando a cadeia de produção e promovendo uma abordagem mais sustentável.
A colaboração com a Zeta Energy é parte do plano da Stellantis de alcançar a neutralidade de carbono até 2038. Ned Curic, diretor de Engenharia e Tecnologia da Stellantis, destacou que tecnologias como o lítio-enxofre são essenciais para atingir essa meta. Segundo Curic, as baterias garantem aos consumidores maior desempenho, acessibilidade e autonomia sem comprometer o meio ambiente.
Além do projeto com a Zeta Energy, a Stellantis trabalha no desenvolvimento de baterias de estado sólido em parceria com a Factorial. Essa tecnologia, prevista para estrear em uma frota piloto do Dodge Charger EV até 2026, também promete maior densidade de energia, peso reduzido e custos de produção mais baixos.
O desenvolvimento das baterias de lítio-enxofre já está em andamento, com planos para produção em escala até o final da década. Essa iniciativa é mais uma das ações da Stellantis no processo de transição para a mobilidade elétrica.
Recentemente, a Stellantis anunciou uma parceria estratégica com a CATL, líder mundial em produção de baterias, para construir uma gigafábrica de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) na cidade de Zaragoza, Espanha. O projeto prevê investimentos de até 4,1 bilhões de euros para uma unidade que terá capacidade de produção anual de até 50 GWh.