A Stellantis, gigante automotiva global, está passando por momentos turbulentos. A empresa enfrenta dificuldades para lançar seu modelo carro elétrico mais esperado, o Citroën e-C3, um veículo posicionado como opção acessível para competir diretamente com os fabricantes chineses de carros elétricos. Problemas de software imprevistos atrasaram o lançamento em vários meses.
O e-C3 é crucial para a Stellantis recuperar terreno no mercado e reverter a queda nos lucros. O modelo, com preço inicial de € 23.300 (R$ 143.000), deveria ter iniciado as entregas ainda no segundo trimestre, mas agora só chegará às mãos dos consumidores após o "verão europeu". Apesar disso, o veículo já acumula 30 mil pedidos.
A situação se complica ainda mais com atrasos na produção do Peugeot e-3008, outro SUV elétrico da marca, devido a problemas no trem de força. A pressão sobre o CEO Carlos Tavares cresce a cada dia, já que modelos antigos e preços elevados têm afastado os consumidores. Os resultados financeiros da empresa também não são animadores, com uma queda de quase 50% no lucro líquido no primeiro semestre.
Para piorar, a Stellantis não está sozinha nos desafios com software. Marcas como Volkswagen, Volvo e General Motors também enfrentaram problemas semelhantes em seus modelos elétricos. Além disso, a empresa acumula uma série de recalls e investigações sobre segurança e qualidade de seus veículos.
Peugeot
Em meio a essa crise, a Stellantis planeja cortes de empregos, especialmente na área de engenharia, em busca de redução de custos. A empresa também busca reativar modelos clássicos como Charger e Challenger para tentar recuperar participação de mercado nos Estados Unidos.
O futuro da Stellantis é incerto. Apesar da enorme capacidade industrial e de mercado, a companhia precisa encontrar soluções rápidas para superar os desafios e garantir sua competitividade no mercado de carros elétricos, cada vez mais acirrado, principalmente em mercados como a Europa.
Fonte: Automotive News