A aproximação deve ocorrer por volta das 8h53 de Brasília, mas a Nasa só saberá se a missão foi bem-sucedida na sexta-feira (27/12), quando o contato com a sonda puder ser reestabelecido.
"Nenhum objeto feito por humanos passou tão perto assim por uma estrela, então Parker realmente devolverá informações de território desconhecido", afirmou Nick Pinkine, gerente de operação de missões do Laboratório de Física Aplicada da Nasa.
Os primeiros dados, porém, só são esperados para o fim de janeiro, quando a antena principal da sonda apontar em direção à terra.
"Vai demorar alguns anos até termos analisado todos os dados", afirmou à dpa o astrofísico Volker Bothmer, da Universidade de Göttingen, na Alemanha. Ele participa da missão e ajudou, entre outras coisas, a desenvolver uma câmera grande angular para a empreitada.
Sonda resiste a temperaturas de até 1.371 °C
Com Parker, os cientistas da Nasa querem chegar sete vezes mais próximo do Sol do que qualquer outra aeronave. Do tamanho de um automóvel pequeno, ela é a sonda mais veloz já construída - deve atingir cerca de 690 mil quilômetros por hora no ponto mais próximo ao sol - e é equipada com uma carcaça à prova de calor, capaz de resistir a temperaturas de até 1.371 °C. A superfície do Sol, que Parker não chegará a tocar, arde a 5.500 °C.