Funcionalidade já existe para os consumidores. O presidente da Abecs avalia que o pagamento via Pix com o uso dos cartões apenas vai aperfeiçoar as modalidades já existentes, a exemplo do Pix por aproximação. "Para nós, é só uma questão de oferecer essa opção no mesmo produto com a condição de você escolher [a melhor forma de pagamento]."
Segurança ainda é ponto de atenção. Ainda que veja a implementação como positiva, o presidente da Abecs reconhece um risco maior para inibir fraudes com os pagamentos realizados pelo Pix. A avaliação considera que o meio de pagamentos instantâneos ainda não conta com a segurança oferecida pelas modalidades de débito e crédito.
O cartão tem um sistema de segurança que avalia quando vê alguma coisa errada e tenta bloquear [operações fraudulentas].
Ricardo de Barros Vieira, vice-presidente executivo da Abecs
Abecs avança em conversas sobre o tema. A entidade nega ter abordado o assunto com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), mas afirma que as discussões estão em desenvolvimento. "Conversamos com os bancos emissores e com credenciadores para que eles entendam a solução. Ninguém fez nenhuma análise de julgamento", disse Greco.
Ninguém montou nenhum [projeto] piloto, ainda está em uma fase de discussão do conceito.
Giancarlo Greco, presidente da Abecs
Associação não vê dependência do BC na fase atual. Greco afirma que a implementação dos pagamentos por Pix nos cartões depende mais dos arranjos do mercado do que da autoridade monetária. "A hora que a gente for integrar, é muito mais um trabalho do ecossistema de cartões de poder fazer essa funcionalidade caminhar nos trilhos", afirmou.