Na semeadura de nuvens, agentes químicos como iodeto de prata são lançados contra as nuvens e facilitam aglomeração das gotículas. Drones, pequenos aviões ou helicópteros voam entre as nuvens apontadas liberando as substâncias. Com essa intervenção, o vapor de água se condensa e vira chuva.

Técnica não cria chuva, apenas antecipa. Ou seja, em regiões áridas, onde quase não há nuvens do céu ou os níveis de vapor de água são muito baixos, a semeadura não funciona.
Nem toda nuvem pode ser "bombardeada" para chover. As mais indicadas são as cumulus, que se formam no alto de montanhas. Temperatura e tamanho também precisam ser ideais, por isso as nuvens são selecionadas por meteorologistas antes da semeadura — por isso, o método ficou conhecido como "chuva de laboratório".
A técnica existe há décadas, e os Emirados Árabes a utilizam para ajudar no clima desértico da região. Segundo a revista Time Out Dubai, o programa de semeadura de nuvens do país começou no final da década de 1990 e produz no mínimo 15% de chuva adicional a cada ano. Durante as Olimpíadas de Pequim, em 2008, o governo chinês também semeou nuvens para evitar que a estiagem prejudicasse os jogos.
No entanto, ainda é difícil determinar o real impacto da semeadura de nuvens na precipitação. De acordo com a CNN, não existem muitos estudos controlados que realmente mostrem que foi o método que fez chover de maneira relevante. Mas a técnica pode estar envolvida em um dilúvio que aconteceu em abril em Dubai.