Por
Eduardo Rodrigues
Publicado em 02/09/2024 às 12h05
Atualizado em 02/09/2024 às 12h29
A Fiat já está realizando os testes finais em seus primeiros carros híbridos nacionais. O AutoPapo flagrou um Pulse equipado com o sistema Bio-Hybrid de 12 volts rodando pelas ruas de Belo Horizonte (MG).
O SUV compacto irá receber essa eletrificação até o final de 2024, porém ele será visualmente idêntico ao modelo atual. O irmão Fastback também receberá o sistema Bio-Hybrid simultaneamente, marcando o início da eletrificação na linha nacional da Stellantis.
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De acordo com o portal Autos Segredos, a dupla eletrificada será lançada apenas nas versões Audace e Impetus, sempre com o motor 1.0 turbo T200. Os Fiat Pulse e Fastback Bio-Hybrid já estarão atendendo a próxima fase do Proconve L8.
A Stellantis já havia anunciado seus investimentos em modelos híbridos nacionais em 2023. Em julho de 2024 ela usou o aniversário da fábrica da Fiat em Betim (MG) como gancho para detalhar sobre os R$ 14 bilhões em investimentos na planta até 2030.
Essa unidade irá produzir carros equipados com sistemas híbridos, começando pelo Pulse e pelo Fastback Bio-Hybrid. A fábrica também faz os motores da família Firefly, que será eletrificada e chegará ao cofre dos carros de outras marcas da Stellantis.
Como é o sistema Bio-Hybrid do Fiat Pulse e Fastback

A eletrificação adotada pela Stellantis nessa primeira fase é bastante simples, com foco em reduzir as emissões e de fácil adaptação em sua gama atual. Esse sistema híbrido leve de 12 volts já é usado pela Fiat na Europa, no Panda e no 500, porém no velho continente é aliado ao motor 1.0 Firefly aspirado e ao câmbio manual.
Por aqui ele será adotado no 1.0 turbo equipado com câmbio CVT. O sistema Bio-Hybrid de 12 volts utiliza um dispositivo multifuncional chamado de BSG (Belt-integrated Starter Generator), que substitui o alternado e o motor de arranque.
O BSG gera energia para a bateria de 12 V e também pode ajudar o motor fornecendo 3 kW (cerca de 4 cv) extra de potência. Em algumas situações ele ajuda a reduzir o consumo.

Existem três grandes trunfos para esse sistema híbrido leve mais simples: o primeiro é reduzir as emissões sem ter que estrangular o motor a combustão. O segundo é poder ser integrado a linha de montagem atual sem exigir grandes adaptações ou treinamentos adicionais. E o terceiro é que o carro ganha um sistema star-stop mais funcional e que não exige uma bateria de serviço dedicada.
Um dos usos desses sistema Bio-Hybrid é aquecer o catalisador. Isso ajuda a reduzir as emissões do carro logo após a partida, algo que será cobrado nas próximas fases da legislação.
Segundo as imagens divulgadas pela Stellantis em 2023 do sistema Bio-Hybrid na plataforma do Fiat Pulse, a bateria adicional de 12 V será instalada sob o banco do motorista. O posicionamento mais comum é no poço do estepe, porém isso elimina o pneu sobressalente — que é muito requisitado no Brasil.
Para quem irá comprar o Pulse ou o Fastback híbridos, pouca coisa irá mudar. O consumo urbano poderá melhorar devido ao start-stop. Essas impressões e os preços só iremos saber quando o carro chegar ao mercado.
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