Sai Campos Neto, entra Galípolo: Como a transição no BC afeta os juros?

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Nesse período, o Banco Central se defrontou com o maior pico inflacionário das últimas décadas, com a pandemia e conflitos geopolíticos.
Silvio Neto, sócio da consultoria Tendências

Com a pandemia, juro no Brasil foi a 2% ao ano, o menor da história. O cenário econômico global na pandemia, com queda na atividade, fez com que o Banco Central baixasse a taxa básica de juros do país a 2% a.a. em agosto de 2020, o menor patamar da história.

Nos dois anos seguintes, os juros subiram a 13,75% a.a. O Banco Central brasileiro foi um dos primeiros a iniciar uma subida nos juros. A avaliação de economistas ouvidos pelo UOL é de que a decisão foi acertada, pois anteviu que, após um primeiro momento de queda na atividade econômica, a pandemia e os conflitos globais levariam a um aumento da inflação consistente em todo o mundo, o que de fato ocorreu.

É uma gestão de mais acertos do que erros, em um período em que outros bancos centrais cometeram erros importantes.
Felipe Miranda, fundador da Empiricus Research

Campos Neto manteve um bom nível de independência no BC. Para os economistas, ele segurou as pressões tanto na gestão Bolsonaro quanto na gestão de Lula. No ano eleitoral de 2022, a Selic foi de 9,25% a.a. para 13,75% a.a. A partir de 2023, Lula fez uma série de críticas ao BC, por conta dos juros altos.

Ele e a diretoria foram muito corajosos. O Brasil cortou juros na pandemia antes de todo mundo e depois começou a subir antes. Tanto que subiram a taxa no período da eleição. E, em 2023, com toda a discussão entre Lula e Campos Neto, ele cortou a taxa de juros porque tinha motivos para isso. Seria fácil ele não cortar e dizer que Lula atrapalha
André Perfeito, economista

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