'Retrospectiva' 2025: o que aconteceu no ano que está começando

há 5 dias 1

Além disso, obedecendo ao que costuma ocorrer, os efeitos restritivos da política de juros altos, só se fizeram sentir de forma mais generalizada a partir do segundo trimestre.

Nesse ambiente, o mercado de trabalho registrou ligeira retração, com a taxa de desemprego avançando para 6,7% da força de trabalho, ao final do ano, contra 6,2%, em 2024. É uma taxa ainda baixa, que permitirá manutenção da massa salarial em níveis estimulantes do consumo, e atraente para determinados tipos de investimento, apesar da piora nas condições de financiamento.


Inflação alta, mas sem descontrole

A marcha da inflação no ano teve momentos de mais estresse no começo do segundo semestre, quando registrou picos de 5,5%, mas acabou recuando depois, para fechar o ano em 4,7%.

Terminou sendo mínimo, portanto, o desvio em relação ao teto do intervalo do sistema de metas, de 4,5%. O detalhe é que, exceto em fevereiro, com o índice mensal variando acima de 1%, reflexo dos aumentos sazonais de virada de ano — tarifas de transporte público, matrículas escolares, tributos etc —, a inflação mensal não passou de 0,5% em nenhum outro mês.

Os analistas erraram, novamente, ao projetarem, no começo do ano inflação próxima a 6%. É possível que não tenham considerado devidamente a acomodação da demanda pela alta dos juros, assim como a ausência de choques de oferta, principalmente em alimentos, por inexistência de fenômenos climáticos desfavoráveis, diferentemente do que ocorreu em 2024, quando uma seca prolongada e disseminada prejudicou as lavouras.

Leia o artigo completo