Remarcações antes das 'promoções' da Black Friday pressionam inflação

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Depois da estabilidade em agosto, a inflação, medida pela variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), voltou a subir em setembro. A alta de preços foi de 0,44%, em relação ao mês anterior, conforme divulgou o IBGE, nesta quarta-feira (9). De janeiro a setembro, a inflação soma 3,31% e acumula, nos últimos 12 meses, elevação de 4,42%, na borda do teto do intervalo de tolerância do sistema de metas, que é de 4,5%.

A marcha da inflação, segundo projetam analistas, manterá o ritmo de alta em outubro, variando entre 0,45% e 0,5%. As remarcações de preços de produtos e serviços, nas vésperas das "promoções" e "descontos" da Black Friday, são apontadas por Fábio Romão, economista da LCA Consultores, um dos mais experientes entre aqueles que acompanham preços no Brasil, como fator de pressão sobre a inflação, neste mês, em conjunto com os reflexos da alta na cotação do dólar nos preços de artigos de residência.

Se esse resultado se confirmar, a variação do IPCA, em 12 meses, romperá o teto do intervalo da meta, fechando o mês acima de 4,5%. Com as elevações previstas para novembro e dezembro — em torno de 0,15% e 0,4%, respectivamente —, as previsões são de que a inflação fechará 2024 no limite do teto de 4,5%.

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