Nos Estados Unidos, os dividendos aumentaram 8,6% na base ajustada, para US$ 161,5 bilhões. Quase metade desse crescimento foram graças a Meta e Alphabet, que pagaram seus primeiros dividendos, ainda que pequenos em comparação aos lucros das companhias. O impulso desses recém-chegados deve manter o crescimento dos pagamentos nos Estados Unidos acima da média global. Sem o efeito Meta e Alphabet, o crescimento de 5% registrado pelas outras empresas americanas no índice está mais alinhado com a tendência de longo prazo do país.
Na Europa, o segundo trimestre é importante porque a maioria das empresas paga um único dividendo anual no período. A região atingiu um recorde histórico de US$ 204,6 bilhões, alta de 7,7% nominal e subjacente em relação ao ano anterior. França, Itália, Suíça e Espanha registraram dividendos recordes. Em toda a região, 90% das empresas europeias aumentaram os dividendos ou os mantiveram estáveis.
Mais da metade do crescimento dos dividendos europeus veio de bancos, que se beneficiaram do ambiente de juros elevados. O destaque negativo ficou por conta da Alemanha, com os pagamentos recuando 1,2% em relação ao ano anterior, com grande corte da Bayer.
O segundo trimestre também é sazonalmente importante no Japão. Os dividendos japoneses saltaram 14,5% em base subjacente. Os pagamentos registraram recorde em ienes, mas em dólares a alta foi de apenas 1,4% para US$ 37,2 bilhões.
A maior contribuição foi da Toyota Motor, maior pagadora de dividendos do Japão e que apresentou um dos principais aumentos, após lucros recordes em seu último ano fiscal. A Honda Motor fez a segunda maior contribuição. 90% das empresas japonesas aumentaram seus pagamentos ou os mantiveram estáveis.
O que esperar no resto do ano?
A gestora Janus Henderson atualizou a sua previsão para dividendos em 2024. Agora espera que as empresas de todo o mundo distribuam um recorde de US$ 1,74 trilhão, alta ajustada de 6,4% em comparação com 2023. A nível nominal o crescimento esperado é de 4,7%. Os primeiros pagamentos das empresas de tecnologia, como Meta e Alphabet, juntamente com a chinesa Alibaba, devem impulsionar o crescimento 1,1 ponto percentual este ano.