Hoje, a isenção vale para quem recebe até R$ 2.824 por mês. A expansão dela deve custar R$ 45,8 bilhões por ano aos cofres públicos e isentar 36 milhões de contribuintes, segundo especialistas. O número representa 78,2% dos 46 milhões de contribuintes do país.
Aumento da faixa de isenção será compensada pela taxação maior para quem ganha acima de R$ 50.000 por mês. O ministro anunciou que a taxação para quem recebe esse valor terá uma alíquota mínima de 10% e incidirá sobre todos os rendimentos, incluindo aluguéis e dividendos.
Haddad também indicou que a isenção do IR por razões de saúde para aposentados será limitada a quem ganha até R$ 20.000. Ele apontou que a faixa de isenção para as pessoas físicas já atingirá quem ganha mais de R$ 3.000 por mês no próximo ano e que a discussão da reforma em si ficará para 2025.
Outros grupos serão beneficiados. Segundo o ministro, aqueles que ganham até R$ 7.500 também serão beneficiados pela reforma, uma vez que pagarão uma alíquota menor. Ele apontou ainda que o impacto será muito menor do que o previsto pelo mercado.
Ajuste também prevê mudanças no salário mínimo
Equipe econômica apresentou hoje o detalhamento do pacote fiscal desenhado para cumprir as regras do arcabouço fiscal. Entre as medidas propostas, estão mudanças no reajuste do salário mínimo, no Bolsa Família e na concessão do abono salarial. Para os militares, o projeto quer inibir supersalários e acabar com a chamada "morte fictícia".