Discussão sobre o tema é bem-vinda e envolve futuro do trabalho, diz empresário. "Toda discussão referente a esse assunto é bem-vinda. Independente de esquerda ou direita, é algo relacionado ao ser humano. Precisamos entender a melhor forma de trabalhar daqui para frente. O mundo está mudando, com máquinas, algoritmos, IA, a gente precisa repensar muita coisa", diz.
Teste do modelo no Brasil
Empresas testaram semana de quatro dias no Brasil. A Vockan foi uma das 21 empresas que testaram o modelo durante seis meses, em um projeto piloto feito em parceria entre a FGV-EAESP e a 4 Day Week Global, dentre outras entidades. O piloto já foi realizado em diversos países. Um novo teste no Brasil está previsto para o início de 2025.
Participantes relataram menos estresse e exaustão. Os dados do projeto piloto mostram que 72,8% dos trabalhadores participantes relataram uma redução na exaustão frequente, enquanto 71,3% relataram mais energia para família e amigos. No trabalho, 80,7% relataram melhoria na criatividade e inovação e 52,6% viram melhora na capacidade de cumprir prazos.
Lideranças relataram melhora na produtividade. Houve também percepção de melhor qualidade no trabalho e redução nas faltas, além de ganhos na retenção de talentos. Ao final do piloto, 46,2% das empresas participantes disseram que manteriam a semana de quatro dias, enquanto 38,5% optaram por estender o piloto.
"Sextou" foi um dos desafios. Um dos desafios encontrados foi a manutenção da produtividade às quintas-feiras, para as empresas que adotaram a folga na sexta-feira. Em alguns casos houve a sensação de que a perda de produtividade que usualmente ocorre na sexta-feira foi transferida para a quinta-feira.