Preferem escala 4x3 a aumento salarial: empresa adota semana de 4 dias

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No Brasil já tem

Medidas como a adotada pela empresa portuguesa também já foram aplicadas em algumas poucas empresas no Brasil que testaram o modelo em um projeto-piloto. O teste foi feito em parceria entre a FGV-EAESP e a 4 Day Week Global, dentre outras entidades. O piloto já foi realizado em diversos países. Um novo teste no Brasil está previsto para o início de 2025.

Participantes desse piloto relataram menos estresse e exaustão. Os dados do projeto mostram que 72,8% dos trabalhadores participantes relataram uma redução na exaustão frequente, enquanto 71,3% relataram mais energia para família e amigos. No trabalho, 80,7% relataram melhoria na criatividade e inovação e 52,6% viram melhora na capacidade de cumprir prazos.

Lideranças relataram melhora na produtividade. Houve também percepção de melhor qualidade no trabalho e redução nas faltas, além de ganhos na retenção de talentos. Ao final do piloto, 46,2% das empresas participantes disseram que manteriam a semana de quatro dias, enquanto 38,5% optaram por estender o piloto.

"Sextou" foi um dos desafios. Um dos desafios encontrados foi a manutenção da produtividade às quintas-feiras, para as empresas que adotaram a folga na sexta-feira. Em alguns casos houve a sensação de que a perda de produtividade que usualmente ocorre na sexta-feira foi transferida para a quinta-feira.

Garantir cobertura durante toda a semana também foi desafiador. A dificuldade apareceu principalmente em setores que requerem cobertura contínua, como atendimento ao cliente. "As empresas precisaram implementar escalas de trabalho diferenciadas e por vezes contratações adicionais. É difícil, contudo, identificar até que ponto as contratações ocorrem por aumento de demanda, notado por diferentes empresas, ou redução da jornada", diz o relatório do estudo.

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