Brasileiro disse que o país não deveria sediar a Copa do Mundo de 2030; na visão do chefe de Estado, os comentários do jogador podem ser prejudiciais
Ezra Shaw/Getty Images/AFP
Em 2023, Vinicius recebeu amplo apoio da sociedade espanhola após ser insultado em um jogo da liga espanhola em Valência
O prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida, criticou o atacante Vinícius Jr nesta quarta-feira (4) depois que o brasileiro disse que a Espanha não deveria sediar a Copa do Mundo de 2030 se o país não tiver enfrentado o racismo no futebol até lá. “Estamos cientes de que há episódios racistas na sociedade e que devemos trabalhar duro para acabar com eles”, disse Martínez-Almeida. “É injusto com a Espanha e com Madri dizer que somos uma sociedade racista”. A indignação de Martínez-Almeida aumentou à medida em que a realização da Copa do Mundo de 2030, que terá como sedes Portugal, Espanha e Marrocos, foi colocada em risco. “Peço que você se retifique, você tem que se desculpar, saiba que quando houver um episódio racista você terá todos nós ao seu lado”, afirmou o prefeito em entrevista ao jornal espanhol “Marca”. Vinicius disse à CNN em uma entrevista que “se não houver progresso (no racismo) antes de 2030, eles deveriam mudar o país-sede” para a Copa do Mundo. Na visão do chefe de Estado, os comentários de um jogador com a popularidade de Vinícius Júnior no cenário mundial podem ser prejudiciais à Espanha como anfitriã do torneio.
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Além disso, ele entende que o tom das declarações pintam o país com uma nação racista. Em entrevista à CNN, Vinícius Júnior, que é negro, afirmou que ama viver em Madri e disse que “a maioria das pessoas na Espanha não é racista, mas há um pequeno grupo que acaba afetando a imagem do País”. Vinicius tem sido alvo de uma série de insultos racistas desde que passou a defender o Real Madrid em 2018. No ano passado, ele recebeu amplo apoio da sociedade espanhola após ser insultado em um jogo da liga espanhola em Valência, o que levou a vários pedidos de mudanças na luta contra o racismo no país.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Conteúdo