Já de janeiro a julho de 2024, o X1 tem 2.851 exemplares comercializados. O Série 3 registrou, até agora, 2.638. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A razão da mudança
É até espantoso que o X1 tenha levado tanto tempo para ultrapassar o Série 3. Quando olhamos o mercado geral, os sedãs são cada vez mais raros, enquanto os SUVs têm posição de destaque. O Corolla ainda consegue se manter bem no mercado, mas as vendas do Cruze eram tão baixas que a Chevrolet decidiu não renovar o produto.
No caso do Civic, agora só há versão importada, com volume muito baixo. E mesmo no mercado premium, são os SUVs que dominam. A lista dos mais vendidos tem nomes como XC60, Q3 e EX30. Mas o Série 3 é tão icônico e desejado que conseguiu se manter líder mesmo nesse contexto. É o Corolla do segmento premium.
Só que as coisas começaram a mudar no ano passado, com a chegada da nova geração do X1. Note que o produto já conseguiu descontar bastante desvantagem em relação ao Série 3 em 2023, para agora ultrapassar o sedã.
Foi a nova geração do X1 que impulsionou o SUV. Para começar, o motor 2.0 turbo que equipa suas duas versões mais caras é mais potente que o do 320i (o carro-chefe da linha Série 3). São 204 cv, ante os 184 cv do sedã.
Mas os 20 cv a mais não são a principal razão, mas apenas um incentivo. A verdade é que o consumidor, até mesmo o do mercado premium, quer SUVs. Mas, na comparação com o Série 3, o X1 estava defasado. Desde 2023, não está mais.
Destaques do X1
Na teoria, o X1 é mais barato. Na prática, têm preços semelhantes. O SUV parte de R$ 299.950, mas na versão 18i, a única com motor 1.5 turbo. As mais vendidas são as 20i, com o 2.0 turbo, por R$ 344.950 com acabamento X Line e R$ 365.950 no MSport, topo de linha.
Já o 320i só tem versões 2.0 turbo, por R$ 322.950 com acabamento GP, R$ 343.950 na configuração intermediária, Sport GP, e R$ 363.950 na topo de linha, MSport. Há ainda o 330e, que é híbrido plug-in e custa R$ 422.950.
Ou seja: aqui não é questão de preço. O cliente realmente está privilegiando o SUV, mesmo com o fato de ele ser um BMW de tração dianteira - tradicionalmente, a dos carros da marca são traseira, a exemplo do que ocorre com o Série 3.
Mas a tração dianteira não é um problema se o consumidor que procura o X1 for novo na BMW, e não aquele cliente purista da marca, que tende a escolher o Série 3. Independentemente disso, o X1 anda bem, cresceu e ficou mais espaçoso nessa nova geração.
A dirigibilidade é típica da BMW, com uma tocada mais esportiva que a de outras marcas. E o pacote tecnológico chama muito a atenção, e é superior ao da maioria dos rivais. Entre os destaques da versão MSport, a mais completa, há navegador GPS com realidade aumentada e sistema semiautônomo de condução.
Opinião
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