Nos últimos anos, observou-se um impulso significativo em direção aos veículos elétricos, com governos e fabricantes promovendo o que seria o futuro da mobilidade. No entanto, há mudança de curso, com várias marcas recalculando rota e recalibrando suas estratégias de eletrificação total em favor de uma abordagem mais híbrida.
A demanda por veículos elétricos começou a mostrar sinais de desaceleração este ano, levando a uma revisão dos planos por parte de gigantes do setor.
Já há cerca de 181 mil carros eletrificados rodando no Brasil. Mas as vendas de carros elétricos, embora em crescimento, não atingiram as projeções mais otimistas de muitos fabricantes. Problemas como a infraestrutura de carregamento insuficiente, a autonomia limitada das baterias e o alto custo inicial dos veículos contribuíram para uma adoção mais lenta do que o previsto.
A Volvo, uma das pioneiras na adoção dos elétricos, recentemente engatou a ré em seus planos. A marca sueca, que havia estabelecido a meta de ter apenas carros elétricos até 2030, agora parece focar em uma transição mais gradual, incluindo veículos híbridos em seu portfólio como o XC60 e o XC90.
Empresas como Chevrolet, Jaguar Land Rover, Ford, BMW e Mercedes-Benz, que anteriormente anunciaram metas ambiciosas para a eletrificação de suas linhas de produtos, agora estão adotando uma postura mais cautelosa.
Na Audi, a ponte para a eletrificação pura será mais longa do que previsto, com a marca mantendo o foco em modelos híbridos até 2050. A Mercedes-Benz cancelou as futuras gerações do EQS e do EQE, postergando a eletrificação completa para depois de 2030. A Porsche alemã, conhecida pelo sucesso do Taycan elétrico, decidiu manter uma linha de veículos a combustão, reconhecendo a demanda do mercado por uma opção mais flexível.