Ao entrar em contato com inseticidas, por exemplo, o envenenamento provoca espasmos que fazem a barata tombar e "espernear" até morrer, sem força nem coordenação para virar as pernas para baixo.
Isso acontece porque, assim como a maioria dos insetos, as baratas não têm músculos nas patas. Além disso, sua respiração é involuntária.
Suas patas funcionam por um mecanismo diretamente ligado às entradas de ar dos insetos, nas laterais do corpo.
Ao jogarmos veneno, ou outros gases, como desodorante, todos os músculos da barata se contraem. Isso faz com que as patas se transformem em "molas" para empurrá-la e assim, tombá-la de costas.
Além disso, o formato plano do dorso e da maioria das superfícies presentes nos ambientes urbanos, sem relevos irregulares ou objetos em que ela possa se agarrar, como folhas e gravetos, dificulta a vida da barata na tentativa de ficar sobre as "pernas" novamente.
Em resumo, o fenômeno é basicamente fruto da ação gravitacional sobre a parte mais pesada do corpo da barata em conjunto com a perda de controle motor ou falta de recursos no ambiente para virar o corpo.