Por que a melhora dos índices econômicos não é percebida pelos brasileiros

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Dados gerais também dificultam uma percepção ampla. Considera destaca que os indicadores são calculados a partir de uma média. "Esses números refletem a melhora em média tanto do PIB, quanto da inflação e do desemprego", explica ele. "As pessoas olham o umbigo delas e, provavelmente, não sabem nem o que significa o produto que cresceu", complemente.

Ministro da Fazenda cita distorções nas redes sociais. No início de julho, Fernando Haddad citou a existência de uma prática "protofascista" da oposição para "minar a credibilidade" dos dados. "O que eu vejo na rede social é um negócio avassalador de desinformação", declarou durante participação no Congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).

Dizem que o desemprego está aumentando, mas o desemprego é o mais baixo da série histórica. Falam que a renda está caindo, mas há 28 anos não tínhamos um incremento como o que tivemos em 2023.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Considera reconhece atenção com a avaliação negativa. "O governo, evidentemente, deve ficar preocupado quando vê que o julgamento dos resultados econômicos, que ele está saudando como bons, não seja percebido corretamente pelas pessoas", avalia ele. "Se alguém na rede social diz que isso não foi bom, outra pessoa pode incorporar esse tipo de informação", compreende o coordenador da FGV.

Desaceleração prevista

Previsões apontam para queda do ritmo de avanço do PIB. Assim como aconteceu no ano passado, o crescimento da economia brasileira deve perder força no segundo semestre. "A gente espera uma desaceleração da economia na segunda metade do ano", diz Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, instituição que fechou 2023 entre as cinco que mais acertaram as projeções do PIB no sistema de expectativa do Banco Central.

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