Peça de George Clooney, em Nova York, fatura US$ 3,3 milhões em uma semana

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Os recordes de bilheteria da Broadway estão caindo como dominós nesta temporada, enquanto uma série de peças estreladas atraem fãs a pagar preços altíssimos para ver seus astros de cinema favoritos de perto e atuando.

"Boa Noite, e Boa Sorte", nova peça estrelada por George Clooney, arrecadou US$ 3,3 milhões (cerca de R$ 18,8 milhões, na cotação atual) na semana passada, a maior quantia que uma peça não musical já fez em uma única semana na Broadway, de acordo com dados divulgados na terça-feira (25) pela Broadway League. E isso com apenas uma semana de sete apresentações: ainda está em pré-estreia e não faz as típicas oito apresentações da Broadway.

Ela quebrou o recorde anterior, que foi estabelecido apenas duas semanas antes por uma nova produção de "Otelo" estrelada por Denzel Washington e Jake Gyllenhaal, que arrecadou US$ 2,8 milhões (R$ 15,9 milhões) na semana que terminou em 9 de março. (Antes disso, o recorde era de "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", que arrecadou US$ 2,7 milhões, ou R$ 15,3 milhões, durante uma semana de feriado no final de 2023.)

"Otelo" ainda tem preços de ingressos mais altos —seus melhores assentos estavam sendo vendidos em seu site por US$ 921 (R$ 5.248), em comparação com US$ 799 (R$ 4.553) para "Boa Noite, e Boa Sorte"— mas "Boa Noite, e Boa Sorte" está sendo encenada em um teatro maior, então está arrecadando mais dinheiro no geral.

O preço médio do ingresso para "Otelo" foi de US$ 303,15 (R$ 1.727,5) na semana passada —uma queda em relação às semanas anteriores devido a assentos gratuitos para jornalistas que assistiram às apresentações para a imprensa e convidados na noite de estreia.

O preço médio para "Boa Noite, e Boa Sorte" foi de US$ 302,07 (R$ 1.721). Mas "Boa Noite, e Boa Sorte", que é adaptada do filme de 2005 sobre o jornalista Edward R. Murrow, está sendo encenada no Winter Garden Theater, com 1.545 lugares, enquanto "Otelo" está no Ethel Barrymore, com 1.043 lugares.

Tradicionalmente, a bilheteria da Broadway tem sido dominada por musicais, que tendem a ser mais populares, a ter temporadas mais longas e a serem encenados em teatros maiores do que as peças. O recorde de maior arrecadação por um musical da Broadway foi estabelecido no final do ano passado, quando "Wicked" arrecadou US$ 5 milhões (R$ 28,5 milhões) durante uma semana de Natal com nove apresentações.

Mas o custo de produção de shows na Broadway aumentou significativamente desde a pandemia, e quase todos os novos musicais estão falhando financeiramente, o que levou alguns produtores a focar em temporadas limitadas de peças com estrelas conhecidas nos papéis principais.

A lógica é que celebridades transformam peças em eventos, enquanto temporadas limitadas criam um senso de urgência, e esses fatores combinados incentivam os potenciais compradores de ingressos a agir.

Os resultados, pelo menos por enquanto, são inegáveis: "Boa Noite, e Boa Sorte" na semana passada superou todos os outros shows, incluindo "Wicked", "Hamilton" e "O Rei Leão". (Sem preocupações para esses shows, no entanto —cada um já arrecadou bilhões de dólares ao longo do tempo e ainda estão indo muito bem.)

Outro revival estrelado, "Glengarry Glen Ross", que conta com Bill Burr, Kieran Culkin e Bob Odenkirk, também está começando muito bem, arrecadando US$ 2,1 milhões (R$ 11,9 milhões) na semana passada, com um preço médio de ingresso de US$ 204,40 (R$ 1.164,8).

Uma comparação surpreendente? "Boa Noite, e Boa Sorte", que custou até US$ 9,5 milhões (R$ 54,1 milhões) para ser capitalizada, arrecadou US$ 3,3 milhões (R$ 18,8 milhões) na semana passada. O novo musical de maior bilheteria, "Death Becomes Her", custou mais de três vezes isso para ser capitalizado —até US$ 31,5 milhões (R$ 179,5 milhões)— e arrecadou apenas US$ 1,2 milhão (R$ 6,8 milhões). E isso foi mais do que qualquer outro novo musical.

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