Parte dos diretores do BCE queriam corte maior nos juros, por temor com Trump

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Frankfurt (Reuters) – Algumas autoridades do Banco Central Europeu (BCE) queriam inicialmente um corte maior na taxa de juros nesta quinta-feira, preocupadas, entre outras coisas, com o fato de que as novas tarifas dos Estados Unidos prejudicarão o crescimento econômico, disseram três fontes à Reuters.

O BCE cortou os juros em 25 pontos base nesta quinta-feira e manteve a porta aberta para mais reduções, uma vez que a economia da zona do euro está sendo pressionada pela instabilidade política no país e pela ameaça de uma nova guerra comercial com os EUA.

No entanto, cerca de cinco dos 26 membros do Conselho do BCE pressionaram inicialmente por um corte de 50 pontos-base, tendo em vista as previsões de inflação e crescimento mais baixas.

Eles argumentaram, em particular, que a produção econômica poderia crescer menos do que a projeção já reduzida do BCE de 1,1% no próximo ano se o novo governo de Donald Trump nos EUA adotar novas tarifas sobre a União Europeia.

A pequena minoria que pedia um corte maior logo cedeu, disseram as fontes, acrescentando que havia pouco apetite para decisões apressadas, dada a incerteza existente.

Um porta-voz do BCE não quis comentar.

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A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o corte teve apoio de todas as autoridades e que as novas projeções econômicas da equipe não refletem nenhuma tarifa dos EUA que ainda não tenha sido introduzida.

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