A exportação ainda não é uma realidade. "Nessa primeira fase, nós vamos focar no mercado interno e depois, sim, no mercado externo. Essa cadeia está crescendo. A gente está no começo dessa transição energética. Vai levar um tempo, mas a gente tem evoluído rapidamente. O volume de parques eólicos que a gente instalou no Brasil tem crescido rapidamente. E a gente vê que no futuro vai continuar nesse crescimento bem acelerado", declarou.
A gente tem um arcabouço regulatório bom na questão de energia, mas se tiver um bom financiamento e condições boas para exportar a energia, eu não tenho dúvida que o Brasil vai ser parte dessa transição energética no mundo inteiro.
Eduardo Ricotta, presidente da Vestas na América Latina
Hoje, a gente está vivendo uma transição energética jamais vista na história mundial.
Eduardo Ricotta, presidente da Vestas na América Latina
Brasil é celeiro para ajudar na transição energética
Na entrevista, Ricotta falou sobre as formas de transformar o sistema energético. Uma delas é substituir as centrais térmicas ou a carvão por energia eólica. Outra é a eletrificação direta —como exemplo, ele citou o carro elétrico. "Você está saindo de combustível fóssil e indo para um combustível que é a base da eletricidade", disse.
A terceira forma, segundo ele, é a eletrificação indireta, as moléculas verdes. "A gente tem visto, por exemplo, empresas de transporte que têm interesse em colocar amônia verde como combustível para fazer transporte de navio. A gente vê empresas aéreas tentando encontrar um combustível com menos emissão de carbono", disse.