O Museu de Arte de Moderna de São Paulo, que fecha no fim de agosto para permitir a reforma de parte da marquise do parque Ibirapuera, vai migrar sua principal mostra, o Panorama da Arte Brasileira, para o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Vila Mariana.
A necessidade de deslocar a 38ª edição do Panorama, no entanto, não é vista como algo negativo por Cauê Alves, curador chefe do MAM. "Além de uma aproximação histórica entre as duas instituições, é um momento de integração e soma de esforços em benefício da arte e da cultura de modo geral", ele disse em nota à imprensa.
A relação entre as duas instituições será, inclusive, retratada na exposição, que vai trazer uma "pequena linha do tempo de seus múltiplos cruzamentos e reciprocidades", segundo José Tavares Correia de Lira, diretor do MAC-USP.
Intitulada "1000º", ou mil graus, a 38º edição da mostra começa em 3 de outubro e se estende até janeiro do próximo ano. A curadoria do evento selecionou 34 participantes de 16 estados, contemplando todas as regiões brasileiras, para dar conta da temperatura da arte nacional.
Maria Lira Marques, Marlene Costa de Almeida, Mestre Nado e Gabriel Massan, que criou o cenário em que Madonna canta a faixa "Bedtime Stories" em sua turnê, estão entre os artistas convidados.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo, no parque Ibirapuera, ficará fechado a partir de 26 de agosto e só deve voltar a abrir integralmente para o público em 2025.