Como a gente trabalha com produtos que têm mais de tecnologia, eles acabam tendo um custo um pouco mais alto. Mas não gosto de falar que meu público é classe, A, B ou C. Vejo que o consumidor, se ele quer um celular, ele compra. Não importa a classe que está. Já vi refrigerador nosso em cada casinha. O sonho do cara era aquele. Já vi gente com TV de 42 polegadas em sem sofá. Então, se o consumidor quer, ele vai atrás.
Sergei Epof, vice-presidente da Panasonic no Brasil
Aposta no mercado de beleza
Para conquistar os brasileiros, a marca está ampliando o portfólio. Recentemente, entrou no mercado de produtos de beleza com seu secador que promete hidratar e proteger os fios. Enquanto um secador mais simples pode custar menos de R$ 100, o recém-lançado da Panasonic sai por R$ 1.600.
Ele deixa o fio mais resistente e o cabelo mais macio através de tecnologia. Então, não estamos entrando no mercado de secador, estamos criando um novo mercado que não existia antes.
Sergei Epof, vice-presidente da Panasonic no Brasil
A marca estuda trazer outros produtos do segmento ao país. Considerando que o mercado de beleza brasileiro é o terceiro maior do mundo, chances de sucesso por aqui não faltam. Porém, esse é um plano de longo prazo.
Os novos produtos são incialmente importados. A estratégia passa por formar o mercado até o ponto em que faça sentido trazer a produção para cá. Produzindo localmente, a tendência é o produto ficar um pouco mais barato. A meta é ampliar a presença nesse mercado por aqui até 2030.
Geladeira e lava-roupas
Até lá, a marca deve reforçar os segmentos em que já está. Nos próximos meses estão previstos 20 lançamentos nos segmentos em que a marca já atua no país: geladeiras, lavadoras, micro-ondas, depiladores, cooktops e os recém-chegados secadores de cabelo. No ano passado, a marca anunciou investimento de R$ 300 milhões em sua fábrica de linha branca, localizada em Extrema (MG).