O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentará a parceiros comerciais em 2 de abril uma proposta de tarifas recíprocas com base nas taxas e barreiras comerciais impostas contra produtos norte-americanos, mas também uma oportunidade de negociação para evitar um "muro tarifário", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, nesta terça-feira (18).
"Em 2 de abril, cada país receberá um número que acreditamos representar suas tarifas", disse Bessent à Fox Business Network. "Para alguns países, esse número pode ser bem baixo, para outros, pode ser bem alto."
Trump tem dito que suas tarifas recíprocas —que buscarão equiparar as tarifas dos EUA às taxas de outros países e compensar práticas comerciais que seu governo considera injustas— entrarão em vigor em 2 de abril. Mas os comentários de Bessent indicam que pode haver um período de negociação antes do início da cobrança das novas taxas de importação.
"Iremos até eles e diremos: 'Vejam, aqui estão os níveis tarifários, as barreiras não tarifárias, a manipulação cambial, o financiamento injusto, a supressão de mão de obra e, se vocês pararem com isso, não ergueremos o muro tarifário'", disse Bessent sobre os parceiros comerciais.
Os países que não reduzirem suas barreiras comerciais enfrentarão tarifas mais altas com o objetivo de proteger a economia dos EUA, seus trabalhadores e indústrias, disse Bessent.
Trump já recuou de tarifas para negociar com os países atingidos em outras situações, como no caso dos vizinhos México e Canadá. As tarifas de 25% sobre todos os produtos mexicanos e canadenses já foram pausadas duas vezes diante de promessas de mais segurança nas fronteiras. Agora, estão suspensas até o dia 2 de abril, mesmo dia em que tarifas recíprocas sobre outros países devem ser anunciadas.