O vereador Alessandro Guedes (PT) disse nesta quarta-feira (25) que é contra o pedido de cassação do prefeito Ricardo Nunes (MDB) apresentado por uma colega do PSOL, mas que votaria a favor por orientação de sua própria legenda na Câmara Municipal de São Paulo.
Como mostrou o Painel, a Casa criou na terça-feira (24) uma comissão para analisar pedido de cassação de Nunes apresentado pela vereadora Elaine Mineiro (PSOL), do mandato coletivo Quilombo Periférico.
Segundo a denúncia, a gestão municipal ignora uma decisão judicial de junho de 2024 que determina que a Guarda Civil Metropolitana não realize ações truculentas na região da cracolândia, no centro de São Paulo.
A comissão rejeitou a denúncia nesta quarta e, com isso, arquivou o pedido. Cinco dos sete membros votaram contra o pedido, e dois deles, Alessandro Guedes e Silvia da Bancada Feminista (PSOL), foram favoráveis.
Antes de votar, Guedes disse que votaria com o seu partido, ainda que isso o contrariasse pessoalmente. Entre os vereadores de oposição, ele é um dos mais próximos do atual prefeito, que disputa a reeleição contra Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo PT.
"A minha posição oficial sobre isso, independentemente se houver fundamentação adequada para que esse processo prosseguisse, eu acho ele extremamente intempestivo no momento eleitoral", disse o vereador petista.
Guedes afirmou que o PT tem que superar Nunes nas urnas. "E é ali que a gente ganha. Ainda mais depois que a gente passou recentemente por um processo no Brasil em que fomos atingidos diretamente por isso", afirmou, acrescentando que o PT não é um partido que não respeita "o jogo".
"Todo mundo dessa comissão sabe o que representa o nosso partido na Casa, nas construções, para que pautas importantes da cidade avancem. Mesmo em momentos em que temos a minoria nosso posicionamento é sempre respeitado, porque nós sabemos, já fomos governos, sabemos o que é ser governo, sabemos o que é ter que governar, e sabemos também, quando não somos governo, como se comportar", concluiu.