A queda do valor do petróleo tem alimentado expectativas no mercado sobre quando (e se) a Petrobras vai cortar os preços dos combustíveis. Membros do governo Lula (PT) afirmam que a vontade política —inclusive do presidente— é de baixar os valores, mas que a decisão ainda depende de avaliações da estatal.
De acordo com uma pessoa a par das discussões, a análise a cargo da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, deve levar em conta as necessidades financeiras da empresa e os prejuízos acumulados pela estatal com a defasagem observada até recentemente. Uma segunda fonte que acompanha as grandes decisões sobre a petroleira diz que o tema está longe de uma decisão e mal está em discussão.
Neste mês, as cotações internacionais do petróleo despencaram para os menores níveis em quase três anos. Segundo analistas, o cenário reflete desconfiança sobre os rumos da economia chinesa e dados mais fracos sobre o desempenho econômico dos Estados Unidos.
O movimento de queda nos preços, que se iniciou em maio, eliminou as defasagens dos preços dos combustíveis no Brasil, que persistiam desde o início do ano. Desde que implantou sua nova política de preços, em maio de 2023, a estatal tem passado longos períodos sem reajustes e o prêmio obtido agora ajuda a compensar as perdas com a manutenção de preços defasados ao longo do ano.