Painel S.A.: Brasileiros acham que produtos importados passaram por inspeção de qualidade

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Pesquisa do Instituto Locomotiva apontou que 57% dos brasileiros desconhecem que produtos comprados em sites estrangeiros não são submetidos à fiscalização de órgãos como Anvisa, Inmetro e Anatel, como acontece com produtos vendidos no Brasil.

A inspeção dos órgãos de controle serve para garantir saúde e segurança aos consumidores.

O instituto verificou ainda que 9 em 10 dos entrevistados gostariam que os produtos de sites estrangeiros passassem por algum tipo de fiscalização prévia quanto ao cumprimento de normas de saúde e segurança.

Entre os que compram regularmente em sites como Shein, Shopee e AliExpress, 54% disseram que não sabem da ausência de fiscalização.

Do total de entrevistados, 85% disseram que deixariam de comprar em sites que violam normas de segurança.

A pesquisa foi realizada em agosto, com 2.967 consumidores em todo o país e foi encomendada por entidades do varejo e das indústrias nacionais.

Como mostrou a Folha, uma perícia técnica realizada pelo Instituto Brasileiro de Peritos, feito a pedido do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), comprovou que plataformas estrangeiras estavam vendendo produtos que violavam as normas de saúde e segurança estabelecidas pelos órgãos de fiscalização.

Foram encontrados "remédios anticâncer" sem aprovação da Anvisa, brinquedos sem especificação de produtos químicos utilizados e peças pequenas que podem ser engolidas por crianças. Também ingressaram celulares sem homologação da Anatel, além de produtos como formol, clareadores dentais, álcool 92,8°, entre outros.

Até o momento, no entanto, o governo não deu uma resposta para o problema.

Consultada, a Anvisa afirmou que a importação de produtos relacionados à saúde já está submetida à fiscalização da autoridade sanitária.

A agência, contudo, não explicou porque, mesmo assim, produtos adquiridos por sites estrangeiros chegam às mãos dos consumidores.

Com Diego Felix

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