O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e o colega Mauro Vieira (Relações Exteriores) assinaram nesta sexta-feira (27) uma carta conjunta à Colômbia demonstrando preocupação com a intenção de o país vizinho se retirar do acordo automotivo entre os dois países.
Sem o acordo (na verdade, um apêndice firmado em 2017 entre Brasil e Colômbia dentro do tratado automotivo do Mercosul), acabam as cotas criadas para promover o comércio bilateral —o que fará todos os automóveis brasileiros pagarem tarifa de 16% para entrar no país vizinho.
O apêndice para o setor automotivo assinado entre Brasil e Colômbia prevê hoje imposto de importação zero para até 50 mil unidades anuais de automóveis e prevê a possibilidade de uma das partes abandonar o pacto. Em julho, o governo daquele país expressou formalmente o interesse em não renovar o apêndice.
O governo Lula (PT) vê o movimento político aumentando o custo dessa decisão para os colombianos e defende a necessidade do diálogo para uma solução. A Colômbia é o terceiro destino das exportações de veículos de passageiros produzidos no Brasil.
Fábio Pupo (interino) com Diego Felix.