O Diretório Nacional do PT aprovou na reunião realizada sábado (7), em Brasília, uma mudança que amplia a possibilidade de novos filiados votarem no PED (Processo de Eleição Direta) que vai definir o sucessor de Gleisi Hoffmann no comando nacional do partido.
O estatuto do partido prevê que o prazo mínimo de filiação partidária para votar ou ser votado no PED é de um ano. Na reunião de sábado, o Diretório Nacional aprovou resolução que diz que poderão votar e ser votados os filiados com pedidos de filiação registrados no sistema até 28 de fevereiro de 2025.
A mudança permite a filiação de novos integrantes do partido em meio a uma disputa que já se desenha acirrada pelo comando do PT. De um lado, Gleisi apoia o nome do líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Já nomes mais alinhados com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) defendem a candidatura do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, apoiado pelo próprio presidente Lula (PT).
A proposta, validada por dois terços do Diretório Nacional, foi apresentada pela corrente majoritária CNB (Construindo um Novo Brasil). Segundo integrantes do PT, a ideia foi permitir que vote no PED pessoas que se aproximaram do partido nesse último processo eleitoral. Na avaliação deles, filiar essas pessoas e não dar a elas o direito de votar seria desestimulante. Outro membro do PT diz que a mudança ajuda a "disputa interna a esquentar mais".