O Ministério da Saúde quer finalizar até outubro um plano mais robusto de combate à dengue, partindo de um cenário hipotético pior que o registrado na atual epidemia que afeta o país e que já deixou quase 5.000 mortos somente neste ano.
A pasta quer reforçar algumas ações, entre elas a organização da rede de assistência e a capacitação de profissionais. Também pretende reavaliar o fluxo de atendimento e definir estudos para determinar as melhores condutas a serem adotadas em casos graves.
Na avaliação de técnicos, todas essas medidas tornam a assistência à saúde mais efetiva e evita óbitos. Essas ações serão complementares a outras que já estão em andamento, como a mobilização nos estados e municípios para eliminação dos criadouros e focos do mosquito.
O cenário atípico da doença no país desde 2023 é atribuído a alguns fatores, entre eles o efeito das mudanças climáticas e fenômenos mais intensos, como o El Niño no ano passado. No entanto, o governo também foi criticado por não ter declarado antes emergência sanitária e pela demora em comprar vacina contra a dengue.
No inverno deste ano, quando os casos costumam apresentar queda por causa das temperaturas mais baixas, houve um aumento de 157% no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com integrantes do ministério, o cenário desenhado já parte de um número bem mais elevado que em outros anos justamente para a pasta não precisar lidar com uma escalada não prevista.