Painel: Líder da maioria na Câmara defende contraponto a pressão de bolsonaristas por anistia

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Novo líder do bloco da maioria na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP) defende que partidos que são contrários à anistia dos envolvidos no 8 de janeiro iniciem de imediato uma mobilização em contraposição à tentativa de bolsonaristas de votar o projeto.

Capitaneado pelo PL, o movimento busca pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto.

"Os ataques ao presidente Hugo Motta chegaram ao absurdo de o líder do PL querer mandar pessoas se manifestarem na frente da casa dele. E houve ainda os ataques do Silas Malafaia. Agora o Motta não pode aceitar o projeto nem que queira", diz Chinaglia, que é ex-presidente da Casa.

Ele vai liderar um bloco formado pelos maiores partidos da Casa, em geral alinhados ao governo Lula, mas não automaticamente vinculados ao Executivo.

Como mostrou o Painel, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), ameaçou fazer protestos na Paraíba, estado de Motta, para que ele ceda à pressão.

Segundo Chinaglia, "os partidos democráticos devem entrar em campo em duas batalhas, dentro e fora [da Câmara]".

Ou seja, trabalhar contra a adesão de deputados ao projeto e também atuar junto à opinião pública. "A maioria do país está contra a anistia e apoia a prisão do Bolsonaro. Na dosimetria das penas, muitos defendem que ela na verdade seja aumentada", afirmou.

O líder diz não acreditar que a queda de popularidade de Lula tenha grande efeito sobre seu arco de apoios na Câmara. "Ele segue vencendo todos os adversários no segundo turno. Isso é um polo de atração muito forte", diz.

Já a trajetória do governo nos próximos meses é mais incerta. "As iniciativas de Trump podem estar redefinindo a ordem mundial. Temos ainda muitas dificuldades de avaliar", afirma.

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