O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou em segunda instância nesta terça-feira (3) uma condenação do vereador paulistano Adilson Amadeu (União Brasil) por antissemitismo.
Em 2020, ele enviou a um grupo de WhatsApp um áudio com ofensas a judeus. "É uma puta de uma sem-vergonhice, que eles querem que quebra todo mundo, para todo mundo ficar na mão do grupo de quem?! Infelizmente os judeus", declarou.
A ação foi apresentada pela Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp). Em razão das ofensas, o parlamentar foi condenado a perda de função pública, reclusão de dois anos e seis meses em regime aberto e pagamento de multa de 13 salários mínimos.
O vereador, que é candidato à reeleição, ainda pode recorrer. Ele já havia sido condenado anteriormente por injúria racial ao ofender o então vereador Daniel Annenberg, chamando-o de "judeu fdp".
O advogado Daniel Bialski, que representou a Fisesp juntamente com os advogados Victor e André Bialski saudou a decisão judicial.
"Ações antissemitas praticadas por quem quer que seja, como no caso desse político, são e serão punidas porque o discurso de ódio contra qualquer minoria é crime de racismo. Felizmente, nossa Justiça dá o exemplo e não deixa esses estultos impunes", afirmou.