O ex-deputado estadual em São Paulo pelo PL Fred D’Ávila afirmou que recebeu com "muito pesar" a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21).
Em outubro de 2021, ele se referiu ao arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, e ao papa como vagabundos. No ano seguinte, após perder a eleição para deputado federal, D’Ávila foi até o Vaticano e pediu perdão ao papa. O pontífice estendeu-lhe a mão e disse que Deus perdoa todos os pecados.
"Eu fui pessoalmente pedir desculpas, e o papa sabia do que se tratava. Felizmente deu para perceber que ele é um verdadeiro cristão, diferentemente de outros clérigos daqui", diz D’Ávila ao Painel.
Ele cita decisão do STF na qual o ministro Kássio Marques nega queixa-crime da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) contra si.
"Lembrando que aquele fatídico e infeliz episódio foi contra dom Orlando Brandes e acabei, no calor da emoção, falando contra o papa no sentido de que ele não tomava providências contra clérigos que usam da batina para fazer proselitismo político", prosseguiu D’Ávila.
Em 2021, antes da visita do presidente Jair Bolsonaro ao Santuário Nacional de Aparecida, o arcebispo dom Orlando Brandes pregou: "Vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada". D'Ávila, então, atacou as condutas de Brandes e de Francisco.
"Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito e do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos, safados. A CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil", disse em discurso.