O tenente-coronel José Thomaz Costa Júnior, comandante da unidade do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) de São José do Rio Preto, negou que policiais militares tenham feito gestos semelhantes aos de grupos nazistas.
Segundo ele, o evento era um reconhecimento ao esforço dos promovidos ao Baep. "A cerimônia não tem nenhum cunho religioso, político e racial", afirmou o coronel.
No vídeo publicado no perfil do Baep no Instagram, PMs aparecem com braços erguidos na altura dos ombros em uma trilha contornada por sinalizadores vermelhos, enquanto uma cruz está em chamas. As imagens foram deletadas com a repercussão do caso.
"Foi uma cerimônia que se limitou a valorizar todos os esforços dos policiais durante o estágio bastante rigoroso", disse Costa Júnior. "Alguns elementos, como a estrutura em formato de cruz e em chamas, simbolizam a vitória [dos PMs] sobre o sacrifício e o peso que devem ter para honrar o Baep."
Nesta quarta-feira (16), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Militar abriram investigação para apurar se os oficiais cometeram delitos. O gesto é usado por grupos supremacistas brancos, como a Ku Klux Klan, nos Estados Unidos.