Jair Bolsonaro (PL) calculou todos os seus passos na convenção do MDB que oficializou a candidatura à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) neste sábado (3), em São Paulo.
Devido a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o ex-presidente não pode ter contato com Valdemar Costa Neto. Ambos são investigados pela Polícia Federal por suposta participação em tentativa de golpe de Estado.
O presidente do PL desceu do palco e viu o discurso de Bolsonaro do meio da multidão. Houve atenção constante para que ambos não dividissem o mesmo ambiente.
No palanque, o ex-presidente também evitou Gilberto Kassab, presidente do PSD. Aliados de Bolsonaro afirmam que ele está mais incomodado do que nunca e quer forçar Tarcísio de Freitas (Republicanos) a romper com o secretário de Governo antes da busca pela reeleição, em 2026.
Bolsonaro atribui a Kassab a atuação de senadores do PSD em CPIs que o colocaram como alvo. No caso da CPI da Covid, o ex-presidente se queixa dos senadores Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM), e, no caso da CPI do 8 de Janeiro, da senadora Eliziane Gama (MA).
Em fevereiro, ele compartilhou mensagem contra Kassab via WhatsApp em que o presidente do PSD era caracterizado como "farsante" e "ventríloquo de toda a podridão da esquerda".