Em tentativa de diminuir vieses partidários e a polarização, a Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) passou a organizar os deputados por bancadas regionais com intuito de facilitar as discussões de pautas de interesse de cada uma das seis regiões nas quais o estado foi dividido.
Os parlamentares foram organizados em seis bancadas suprapartidárias regionais: Oeste, Serra, Sul, Norte, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. A proposta foi formalizada em 2023 pelo presidente da Alesc, Mauro De Nadal (MDB), quatro anos depois de deputados do Oeste terem constituído um grupo regional informal para discutir prioridades locais e cobrar coletivamente ações do governo.
"Passadas as eleições, o cidadão quer resultados, quer ver ações que repercutam em seu dia a dia", diz De Nadal. A assembleia já aprovou uma proposta de emenda à Constituição Estadual para definir que 25% dos recursos economizados anualmente pela Alesc —que são devolvidos ao governo do estado— devem, obrigatoriamente, ter alocação definida pelas bancadas regionais.
As bancadas têm reuniões periódicas para encaminhar pautas de ações e, por votação, decidir a destinação dos recursos alocados pela Alesc. Os deputados do Sul, por exemplo, decidiram usar a verba recebida no projeto de fixação e aprofundamento do canal que liga a Lagoa do Imaruí ao Atlântico, o que viabilizaria o funcionamento do porto pesqueiro de Laguna.
No Oeste, os recursos foram usados para a construção de um centro de treinamentos para o paradesporto em Chapecó, enquanto na Grande Florianópolis a Defesa Civil recebeu verba para distribuir à população carente atingida por recentes eventos climáticos.