O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, chamou de inexplicável a avaliação da economista Elena Landau sobre o banco de fomento e defendeu o papel da instituição no crescimento da indústria brasileira.
Em entrevista à Folha, a ex-diretora de Desestatização no BNDES no governo de Fernando Henrique Cardoso afirmou que o país passa por uma crise de credibilidade e citou alguns pontos, como "crescimento de vários instrumentos parafiscais, de gastos financeiros, o uso de fundos e o BNDES gastando."
"É inexplicável a análise da economista Elena Landau sobre a atuação do novo BNDES", afirma Gordon. "No último balanço divulgado, o BNDES apresentou o terceiro melhor resultado do sistema financeiro com um lucro líquido recorrente de R$ 9,8 bilhões e um índice de inadimplência de 0,001%", disse o diretor do banco, afirmando ser o menor do sistema financeiro do país.
Ele também afirmou que, em 2024, dentro do esforço fiscal do governo, o banco contribuiu com mais de R$ 25 bilhões para o Tesouro Nacional, sendo mais de 80% do crédito disponibilizado sem subsídio ou incentivo. "Além disso, pela primeira vez em anos, graças ao BNDES e à NIB [Nova Indústria Brasil] a indústria voltou a liderar o crescimento."
"Por tudo isso, uma análise intelectualmente honesta sobre o papel do novo BNDES na indução do desenvolvimento do Brasil deveria se basear em fatos, não em fundamentos liberais anacrônicos e inconsistentes", completou.