Gabriel Costenaro, membro do MBL que foi agredido pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), criticou o possível acordo entre oposição e situação no Congresso que poderá suspender o processo de cassação do psolista.
"O PSOL —que pede a cassação de todo mundo pelos motivos mais esdrúxulos— vai receber um prêmio por agredir um cidadão", escreveu Costenaro ao Painel.
Em abril de 2024, ele foi expulso da Câmara com empurrões e chutes de Glauber. No último dia 9, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recomendou, por 13 votos a 5, a perda do mandato do psolista, que entrou em greve de fome.
O membro do MBL chamou a greve de fome do deputado, encerrada nesta quinta-feira (17) após aceno do presidente da Câmara, Hugo Motta, de "ridícula".
"Está desesperado, pois sabe que demorou quase um ano para que os parlamentares do PSOL saíssem em defesa dele, porque não é uma pessoa bem quista no partido", diz Costenaro.
O militante, que foi candidato a vereador pelo Novo no ano passado no Rio de Janeiro, mas não se elegeu, elogia o parecer pela cassação.
"O parecer do relator Paulo Magalhães (PSD-BA) fala por si só, pois está totalmente documentado que o Glauber Braga não tem responsabilidade e respeito pelos colegas parlamentares", afirma Costenaro.
"Ele afirmou inúmeras vezes que não se arrependeu do vexame que protagonizou em 16 de abril de 2024, e que o relator e o presidente do Conselho de Ética estavam sendo comprados para cassá-lo", completou.
Glauber só pôs fim à greve de fome nesta quinta, depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), conc ordou com uma negociação para suspender o processo contra Glauber por 60 dias.