Os gases que o sistema é capaz de reter incluem o benzeno, que é cancerígeno e traz prejuízo ao meio ambiente e aos trabalhadores de postos de combustíveis.
Conforme a Eaton, a tecnologia ORVR é acoplada ao tanque de combustível dos veículos e traz válvulas e um filtro de carbono que impedem que esses vapores escapem para a atmosfera.
Esses gases, muitos deles inflamáveis, são reenviados para o motor e queimados juntamente com o combustível - dessa forma, reduzem o desperdício, aproveitando ao máximo o etanol ou a gasolina e, consequentemente, reduzindo o consumo.
Segundo o consultor ambiental Gabriel Murgel Branco, devido ao fato de aproveitar o combustível na forma de vapor no próprio motor, a tecnologia acaba "se pagando durante a vida útil do veículo", apesar de representar um custo adicional na fabricação dos automóveis.
"[O ORVR] custa algo em torno de US$ 25 a US$ 30 por veículo, o que, em um horizonte de 20 anos, vai custar US$ 1,4 bilhão. Só que ele vai economizar US$ 3,4 bilhões em gasolina. Então, ele acaba se pagando", disse Branco em audiência pública realizada em novembro de 2017 na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.