Opinião: Por que PL do mercado de carbono é boa oportunidade para o país

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Esses eventos causaram queda na produção agrícola, redução da oferta de alimentos no mercado interno e, consequentemente, aumento de preços. Levantamento da consultoria Lifetime revela alta do IPCA nas culturas afetadas pelo clima adverso.

As frutas aumentaram 4,2% em agosto e mais 2,8% em setembro; o café moído, 3,7% e 4,0%; carne bovina, 0,5% e 3,0%. Em menor escala, o impacto também foi sentido nos preços de hortaliças e verduras, açúcares, derivados e etanol. Em outubro, o grupo alimentação sofreu novo aumento, de 1,2%, compressionado pela alta de 5,8% nos preços das carnes em geral. Mais uma vez, um dos fatores foi a seca, segundo André Almeida, gerente do IPCA e INPC.

Outro grupo bastante afetado foi o de habitação, por causa dos aumentos nas contas de energia elétrica. A queda no volume de chuva reduziu a geração de energia das hidrelétricas em até 10%, de acordo com estudo da Climate Policy Initiative/PUC-Rio e do Amazônia 2030. As usinas termoelétricas, que têm custo mais alto de geração, foram acionadas.

A bandeira vermelha patamar 1, o mesmo da crise hídrica de 2021, foi ativada. A cobrança adicional elevou a conta de luz em 5,4% em setembro. Em outubro, com a bandeira vermelha patamar 2, a energia elétrica residencial aumentou outros 4,7%.

A inflação de alimentos e da moradia afeta sobretudo as pessoas de mais baixo poder aquisitivo. Além disso, essas pressões inflacionárias pressionam os juros, para evitar o repasse para outros grupos de preços, num contexto de demanda aquecida. Juros mais altos prejudicam toda a atividade econômica e, de novo, afetam mais os mais pobres.

Prejuízos

Além de todo o sofrimento humano, que tem um custo incomensurável, as tragédias climáticas dos últimos anos custaram ao Brasil cerca de R$ 100 bilhões. O cálculo é conservador, porque não leva em conta os imensos custos de oportunidade decorrentes da interrupção das atividades econômicas.

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